quarta-feira, 25 de abril de 2012

Resumo publicado no II BIOTA e I Ciclo Nacional de Estudos de Biologia 2011


Materiais empregados na construção de casas pau-a-pique na comunidade Saloba Grande, Porto Estrela – MT

Barbão , A. J. M.; Andrade, L. L.; Rocha , R. C. C.; Silva , E. M. P.; Nunes , J. R. S..

INTRODUÇÃO
As casas pau-a-pique é um tipo de construção muito antiga bastante utilizada nos períodos coloniais. Essas casas consistem na fixação de madeiras ou bambu, geralmente amarrado verticalmente por cipós, originando uma estrutura firme e bastante vazado. Os vãos são preenchidos com barro, que depois de seco transformas-se em parede firme e espessa. Essa técnica permite uma construção de baixo custo associada à menor agressão dos recursos naturais. Sendo assim, este trabalho teve por objetivo descrever os materiais empregados na construção de casas pau-a-pique.

MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi desenvolvido na comunidade Saloba Grande localizada no município de Porto Estrela – MT. Foram entrevistados dez moradores através de um questionário sobre os materiais utilizados nas casas pau-a-pique. 



RESULTADOS E DISCUSSÃO

O material lenhoso provém de grandes propriedades (fazendas), pois, as propriedades dos entrevistados não dispõem dos recursos necessários a construção das casas. Dentre as árvores utilizadas, temos a embaúba, aroeira, cambará, carijó, peroba, bambu e piúva. Já para o reboque são utilizados barros com fezes bovinas e palha de arroz, visto a capacidade desses materiais em dar liga ao barro para a fixação e também por atuar como isolante térmico. Para a cobertura são utilizados o indaiá e o babaçu, o indaiá é mais utilizado devido a sua maior durabilidade, cerca de dez anos. Apesar das vantagens da construção dessas casas, vem sendo constatada a substituição dessas casas por alvenaria, isso em decorrência do maior poder aquisitivo e escassez dos recursos naturais (material lenhoso), uma vez que são retirados de grandes propriedades, além da área está situada próxima a Estação ecológica Serra das Araras tornando-se difícil a extração, devido à fiscalização.

Para obter este trabalho em .pdf, acesse: http://biota.nectar.bio.br/arquivos/2011/rvf/a0xigmuteb.pdf


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Resumo expandido publicado no I BIOTA - Ciclo de Estudos de Biologia de Tangará da Serra em 2009



Ocorrência de besouros rola-bosta (Scarabaeidae:Scarabaeinae) em áreas de mata 
e de pastagem em Tangará da Serra, MT, Brasil

Fabricio Coletti, Reniel C. Paula, Lucas L. Andrade, Jamile F. Cossolin, Ricardo J. Silva.


Palavras-Chaves: copro-necrófagos, riqueza de espécies, pitfall.

1 – Introdução
Os besouros rola-bostas (Coleóptera:Scarabaeidae:Scarabaeinae) são insetos detritivoros e podem ser divididos em três grupos quanto ao hábito alimentar: coprófagos, alimentam-se de fezes; saprófagos, alimentam-se de frutos e matéria vegetal em decomposição; necrófagos, alimentam-se de cadáveres. Estes besouros desenvolvem um importante papel na ciclagem de matéria orgânica nos ecossistemas e são frequentemente utilizados em trabalhos de ecologia, comportamento, entomologia econômica e entomologia forense (Halffter e Matthews, 1966).
Muitos besouros rola-bostas possuem o hábito de processar excrementos fecais, preferencialmente de mamíferos, formando uma bola de alimento que pode ser rolada ou enterrada, o qual serve como substrato para a oviposição e futuro alimento de suas larvas (Halffter e Matthews, 1966). Este comportamento faz dos besouros rola-bostas importantes inimigos naturais sobre a população mosca dos chifres que parasita rebanhos bovinos (Flechtmann e Rodrigues, 1995). Os rola-bostas também atuam como agentes secundários de dispersão de sementes de muitas espécies de árvores nas florestas neotropicais, participando do processo natural de regeneração da floresta (Estrada e Coates-Estrada, 1998).
Os rola-bostas são bem conhecidos em termos taxonômicos e funcionais, estão distribuidos em 12 tribos, 234 gêneros e 6.000 espécies distribuídas em todo o mundo (Hanski e Cambefort, 1991). Para o Brasil são registradas 618 espécies incluídas em 49 gêneros (Vaz-de-Mello, 2000). Sendo considerado um grupo monofilético e taxonomicamente bem definido (Halffter, 1991), com grande potencial para estudos sobre a biodiversidade (Halffter e Favila, 1993).
As alterações e modificações no habitat, sejam elas de origem antrópica como a fragmentação (Nichols  et al.,  2007; Gardner  et al., 2008), ou mudança natural na estrutura da vegetação (Davis et al., 2008; Durães et al., 2005), podem afetar a riqueza e a composição da assembléia dos besouros rola-bosta (Davis et al.,  1999; Milhomem, 2003). Muitas espécies de rola-bostas tendem a ser especialistas de habitat (Halffter, 1991), respondendo as mudanças no gradiente ambiental (Durães  et al.,  2005; Almeida e Louzada, 2009). Assim, este trabalho teve como objetivo analisar a riqueza e a composição da assembléia de besouros rola-bostas em áreas de mata e de pastagem em Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil.
2 - Material e Métodos
2. 1 - Área de Estudo
Foram delimitadas duas áreas, um fragmento de mata estacional semidecídua, (14°40`04.12”S 57°23`14.12”W) e uma área de pastagem (14°39`05.43”S 57°25`35.58”W). Ambas as áreas encontram-se próximas à cidade de Tangará da Serra, com distância de aproximadamente 5Km entre si.
2. 2 - Coleta dos dados
Para a coleta dos besouros rola-bostas, foi utilizadas armadilhas do tipo pitfall, constituída de um recipiente plástico de 19 cm de diâmetro e 11 cm de profundidade com uma cobertura para proteger de folhas e da chuva, enterradas ao nível do solo. No seu interior foi colocado um recipiente de 100ml contendo isca, foram utilizadas duas iscas: baço bovino em decomposição e fezes humanas fresca, exposta por um período de 48h (01-02/07/09).
No fragmento de mata e no pasto foram delimitados seis pontos, distantes 50 metros um do outro. Para cada ponto foram instaladas duas armadilhas, distantes três metros uma da outra, uma armadilha com baço bovino em decomposição e a outra com fezes humanas. O primeiro ponto da área de mata foi instalado à 50m da borda da mata, para retirar o efeito de borda. Após o termino das coletas o material foi levado para o laboratório de entomologia da UNEMAT, campus de Tangará da Serra, MT, onde foi triado, acondicionado em mantas entomológicas e identificado até o nível de gênero.
2. 3 - Análise dos dados
Primeiramente para a análise dos dados, a riqueza e a abundância das repetições foram somadas, obtendo-se um total para cada área. Após a soma obteve-se uma curva de acúmulo de espécies confeccionada a partir do programa EstimateS Win.7.52. Para comparar a composição de espécies de besouros rola-bostas entre as duas áreas amostradas aplicou-se o Coeficiente de Similaridade de Bray Curtis, para isso foi utilizado o software livre R (R Development Core Team, 2007).
3 - Resultados
Foi observada uma riqueza total de 15 espécies, a área de pasto apresentou a maior riqueza 10 espécies e na área de mata ocorreram sete espécies de rola-bostas (Figura 01). Foi coletada uma abundância total de 68 indivíduos, 44 destes no pasto e 24 na mata. A área de pastagem apresentou oito espécies exclusivas (Canthon sp.1, Canthon sp.2, Canthon sp.3, Canthidium sp.3, Canthidium sp.4, Canthidium sp.5, Atheuchus sp.1, Onthophagus sp.1), enquanto que na área de mata apresentou cinco espécies exclusivas (Dichotomius  sp.1,  Dichotomius sp.2,  Eurysternus sp.1, Canthidium sp.2, Sylvicanthon sp.1). Apenas as espécies Canthidium  sp.1 e Ontherus  sp. ocorreram nas duas áreas de coleta (Tabela 01). O resultado obtido através do índice de Bray Curtis foi de 8,80%.

4 - Discussão
A baixa riqueza e abundância obtida neste estudo, podem ser explicadas pelo fato das coletas terem sido realizadas em época de seca. Silva et al (2008) que trabalharam em época de chuva, em um fragmento próximo ao local de coleta deste trabalho, utilizando pitfall com fezes humanas, coletaram 387 indivíduos distribuidos em 13 espécies e utilizando fígado bovino coletaram 179 indivíduos pertencentes a quatro espécies. A maior riqueza e abundância dos besouros rola-bostas no cerrado é observada no inicio da estação chuvosa Milhomem (2003). 
O ciclo de vida desses insetos é influenciado pelas condições climáticas, principalmente pelos índices de pluviosidade, com os adultos aparecendo no início das chuvas e permanecendo ativos durante as semanas seguintes e nidificando no final das mesmas (Diniz, 1997 apud Milhomem, 2003).
A maior abundância coletada foi observada na área de pastagem, o que pode ser explicado, pelo fato da área apresentar criação extensiva de gado, onde a disponibilidade de recursos alimentares se torna maior para os rola-bostas, quando comparada com a área de mata. Segundo Assis júnior 2000, locais com menor qualidade e maior quantidade de recursos, como pastagens, tende a apresentar menor riqueza de espécies, porém maiores abundâncias populacionais. Em estudo feito em áreas de floresta e pastagens, foi observada uma riqueza maior em pastagem (Assis júnior, 2000; Halffter, 2001).
As diferenças na riqueza e abundância entre as áreas abertas e mata, pode ser explicado, pelo fato do fragmento de mata estudado ser relativamente pequeno (menos de 10Ha) o que pode acarretar na baixa diversidade de mamíferos, reduzindo a disponibilidade de recursos alimentares. Vários trabalhos, observaram maior riqueza de espécies em áreas mais abertas, quanto comparadas com áreas de mata (Milhomem, 2003; Spector e Ayzama, 2003). Entretanto diferente dos dados obtidos no presente trabalho, outros estudo encontraram maior riqueza e abundância em áreas de mata (Costa et al. 2009; Almeida e Louzada, 2009; Durães 2005).
A baixa similaridade entre as assembléias de besouros rola-bosta, pode ser explicada pelo que a maioria das espécies destes besouros são especialistas de habitat e respondem prontamente as variações ambientais  (Halffter, 1991). Vários trabalhos observaram baixa similaridade entre as assembléias de besouros rola-bostas de áreas abertas, quando comparadas com áreas fechadas (Milhomem, 2003; Spector e Ayzama, 2003).
5 – Conclusão
Podemos concluir que as áreas de pastagem apresentaram maior riqueza que as áreas de mata, constatando baixa similaridade entre as assembléias de besouros estudadas.

Link para encontrar o trabalho completo, disponível para download: http://biota.nectar.bio.br/arquivos/REECO%20Fabricio%20Coletti.pdf

A importância de postar este resumo expandido é porque ele foi minha iniciação científica, o primeiro trabalho que publiquei, juntamente com meus colegas, e o Doutorando Ricardo José da Silva, a quem dedico está postagem.






quinta-feira, 12 de abril de 2012

Resumo publicado no XXIX Congresso Brasileiro de Zoologia 2012

HÁBITOS ALIMENTARES DE PEIXES DO RIO CARLINDA – MT BRASIL


EZEQUIAS DA SILVA FREITAS1, DIVINA SUEIDE GODOI2, SOLANGE ARROLHO3, LUCAS LEAL DE ANDRADE4, RENAN DE OLIVEIRA5

O Brasil possui uma vasta rede hidrográfica, possibilitando uma grande diversidade de peixes sendo que boa parte dessa diversidade está concentrada no Mato Grosso, principalmente no norte, na bacia Amazônica. O estudo da dieta dos peixes permite identificar as categorias tróficas das quais pertencem e também sua estrutura gerando subsídios para o entendimento das relações da ictiofauna. As variações sazonais são importantes fatores que afetam a estrutura da comunidade de peixes, principalmente as que estão relacionadas à dieta, a qual apresentará um número de espécies com diferentes hábitos e comportamentos alimentares. Neste trabalho foram analisados os hábitos alimentares das espécies de peixes coletadas no rio Carlinda observando os conteúdos estomacais encontrados em dois períodos sazonais (seca e cheia). O estudo foi realizado em um afluente do rio Teles Pires, o rio Carlinda, localizado entre os municípios de Carlinda e Alta Floresta – MT. Visando delimitar a área de trabalho, foram demarcados três trechos de coleta no rio (Nascente, curso intermediário e foz). As coletas ocorreram nos períodos da cheia e da seca, utilizando diferentes materiais de pesca e diversas iscas. Foram coletados na nascente 81 espécimes, no curso intermediário 143 e na foz 82, desses, 25 espécies na seca e 29 na cheia, totalizando 33 espécies. Nas análises, utilizaram-se os métodos de freqüência de ocorrência e índice volumétrico (Hynes, 1950; Hyslop, 1980). O resultado da freqüência de ocorrência e índice volumétrico foi combinado no índice de importância alimentar de Kawakami e Vazzoler (1980). O item alimentar predominante foi restos vegetais (nascente), detrito (curso intermediário), restos de peixe e restos vegetais (foz). Algumas espécies apresentaram hábitos diferenciados quando comparados com outros autores, esta diferença pode estar relacionada ao número de exemplares analisados nesta pesquisa, e também pelo fato de que algumas espécies variaram a porcentagem dos itens consumidos, indicando plasticidade alimentar. Os hábitos alimentares desses peixes podem estar relacionados às condições sazonais e os tipos de vegetações encontradas na mata ciliar. Na nascente a vegetação era aberta e com poucas árvores, no curso intermediário apresentava mata semi-aberta e árvores de porte médio, já na foz, mata fechada, com um número maior de árvores de grande porte. Essas variações podem influenciar os recursos alimentares para a ictiofauna. As espécies coletadas foram classificadas como: herbívoras, insetívoras, carnívoras e detritívoras e mantiveram seus hábitos alimentares em ambos os períodos, somente duas espécies (Pimelodus albofasciatus e Bryconops melanurus) alteraram seus hábitos alimentares.

Palavras - Chave: Ictiofauna, Diversidade, Dieta, Bacia amazônica.


terça-feira, 3 de abril de 2012

O ciclo menstrual!


O ciclo menstrual obedece às interações de hormônios produzidos na hipófise (FSH e LH) com hormônios ovarianos (estrógeno e progesterona). Os primeiros ciclos menstruais iniciam-se por volta dos 11-15 anos de idade; a primeira menstruação é chamada de menarca.

Sob ação do hormônio FSH, um folículo ovariano (conjunto de células com um ovócito primário em seu interior) inicia seu desenvolvimento. Durante o desenvolvimento folicular, as células foliculares secretam estrógeno, hormônio responsável pela determinação e manutenção das características sexuais secundárias femininas (aumento da vagina e do útero; alargamento dos quadris; desenvolvimento das mamas; desenvolvimento de pêlos nas axilas e púbis).

Uma outra importante função do estrógeno é provocar a proliferação das células do endométrio (camada mais interna do útero). O estrógeno ainda vai estimular a liberação do hormônio LH pela hipófise. Em menos de 24 horas aumenta-se acentuadamente a concentração de LH, que provoca a ruptura do folículo maduro (ovulação).

Após o rompimento do folículo, as células foliculares dão origem aocorpo lúteo (sob ação do LH), o qual passa a produzir doses crescentes do hormônio progesterona, cuja ação acentua o espessamento do endométrio, promovendo a sua vascularização.

A progesterona, produzida pelo corpo lúteo, passa a inibir a produção de FSH e LH pela hipófise. Com a queda do hormônio LH, o corpo lúteo regride (transforma-se em corpo albicans), que é inativo. Como conseqüência, há redução da taxa de progesterona e estrógeno; sem esses hormônios, o endométrio não se mantém e sua camada mais superficial se descama: é a menstruação (que se caracteriza por um sangramento cuja duração varia, normalmente, de três a sete dias).

Com a redução da taxa de estrógeno e de progesterona, a hipófise passa a secretar mais FSH, e um novo folículo entra em desenvolvimento, recomeçando novo ciclo menstrual.

Autor: Prof. Evandro Marques de Oliveira - Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas pela UFV-MG; Pós-Graduado em Biologia pela UFLA-MG; Professor do Ensino Médio e Pré-Vestibulares desde 1988.

Referência: Disponivel em: <http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/teoria/ciclo-menstrual.asp>, Acesso em: 03/04/2012.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia da Água!


Água

Ela é usada,
perdida, abusada e
desperdiçada
o nome dela é água.

Água no rio, água no mar
se todo mundo desperdiçar e abusar
onde isso tudo vai parar?
um dia vai acabar.


E a chuva? Onde está?
em muitos lugares já não há
E agora é só olhar para trás
O que antigamente desperdiçou, hoje já faltou

Enfim, essa é a água

que muitas pessoas não economizam
porque não precisam,
mas um dia acabá
E dela vamos necessitar

Alunas: Amanda, Elika e Maria Eduarda
Escola: I.P.E.S.
Série: 7B


Hoje, o dia da água, um bom dia para retornar as postagens, em comemoração ao dia da água e também o retorno das postagens neste blog! Posto agora, um texto produzido por alunas (Amanda, Elika e Maria Eduarda) da 7 série B do colégio I.P.E.S. em homenagem ao dia da água! Produzir este texto foi uma atividade proposta pela Professora Isamar da disciplina de Português na turma 7B. Estou acompanhando está turma em meu estágio de licenciatura 1, quando vi o texto dessas alunas durante a apresentação, achei que seria uma ótima maneira de retornar as postagens. Acho importante demonstrar aos alunos que o que eles produzem é válido e ele podem e devem publicar, mostrar para sociedade. Fica aqui a daqui para alunos, professores e outros.